A capital de Goiás foi projetada por dois profissionais, o engenheiro-arquiteto e urbanista Attílio Corrêa Lima (1901-
1943) e o engenheiro Armando Augusto de Godoy (1876- 1944). Attílio foi contratado em 1933 pelo Interventor de
Goiás para a elaboração do Plano de Urbanização, demitindo-se da função em 1935. Godoy assumiu como consultor
para a revisão dos projetos desenvolvidos anteriormente e elaborou um novo projeto para o Setor Sul, criando uma
proposta de bairro-jardim com um sistema de áreas verdes públicas. O Plano de Urbanização aprovado em 1938
previa que a cidade abrigaria 50 mil habitantes. Para 2017, o IGBE estimou uma população de 1.466.105 habitantes,
aproximadamente 30 vezes mais que o previsto incialmente. Apesar do grande crescimento populacional, o Setor Sul
manteve seu sistema de áreas verdes. Entretanto, ao longo dos anos, muitas dessas áreas encontravam-se
subutilizadas e foram reurbanizadas através do Projeto CURA (1973). Mesmo assim, as áreas permaneceram em
grande parte subutilizada ou foram invadidas e ocupadas por usos conflitantes. A pesquisa histórica evidenciou que
apesar do grande potencial representado pelo sistema de áreas verdes do Setor Sul, projetos ou planos gerais não
foram capazes de ativar o sistema originalmente proposto. Analisando a quadra F-40, adotada como estudo de caso
no presente trabalho, detectou-se potencialidades, particularidades e problemas a serem resolvidos, concluindo-se
que cada área deve ser estudada individualmente, observando as diferentes dinâmicas com seu entorno e a cidade.
PALAVRAS-CHAVE: Espaços públicos. Sistema de áreas verdes. Goiânia.
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